Há autores que defendem o hipertexto de forma mais funcional e menos formal, como Bolter e Grusin (2005), que dizem já existir a quase um milênio, pois considera os sumários e rodapés hipertextos, já que estes leva o leitor à navegar. Ribeiro (2008) compartilha do mesmo pensamento, pois diz que “o leitor realiza operações de leitura em meio digital herdados do papel ou como o novo leitor de tela traz, necessariamente, para sua nova atividade de trajetos que experimentava em velhos meios de ler e escrever”.
Após leitura do texto: Leituras sobre hipertexto: trilhas para o pesquisador, de Ana Elisa Ribeiro. Continuo compartilhar da mesma idéia dos autores acima citados, visto que considero pontos ou nós, no momento em que paramos de ler um texto no papel para buscar complemento em outro lugar, sumário ou mesmo na própria página como citação e rodapé.
No ambiente virtual o hipertexto funciona como certa quantidade de livro sobre uma mesa para pesquisarmos e defendermos nossos pensamentos, através de um texto virtual ou não. Então, o hipertexto facilita essa pesquisa, pois existem pontos interligados que nos leva a outros textos ou outras formas (gráficos, tabelas, mapas, imagens, cores...) de pesquisa.
Não deixo de considerar as teses dos outros autores citados no texto de Ana Elisa Ribeiro, são mais subjetivas, visto que Lévy (1996) tem o entendimento de hipertextos sendo uma “tecnologia de inteligência”, pois o leitor exterioriza o que se passa na sua mente enquanto opera com os textos. O autor conceitua hipertexto como: "Tecnicamente um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, ou partes de gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. Os itens de informação não são ligados linearmente, como uma corda com nós, mas cada um deles, ou a maioria, estende suas conexões em estrela, de modo reticular. Navegar em um hipertexto significa, portanto desenhar um percurso em uma rede que pode ser tão complicada quanto possível. Porque cada nó pode, por sua vez, conter uma rede interna. (LÉVY, 1993, Apud RIBEIRO 2008). "
Conceitos pesquisados na internet sobre: internet, hipertexto e hipermídia.
A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações da World Wide Web, e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos.
Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda a informações que estendem ou complementam o texto principal
O conceito hipermídia, juntamente com hipertexto, foi criado na década de 1960 pelo filósofo e sociólogo estadunidense Ted Nelson. Este pioneiro da Tecnologia da Informação criou o conceito a partir de idéias que sequer são citadas na maioria das bibliografias, principalmente a brasileira, produzindo leituras equivocadas e errôneas acerca do tema. Aliás, fato curioso é que vários autores brasileiros sequer citam os fundadores do conceito hipermídia. Um dos fatores leva a crer que é a falta de conhecimento da língua inglesa que interferiu na conceituação do termo. Ted Nelson esteve no Brasil em 2005 no FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica).
O hipertexto é um recurso que encontramos nos textos virtuais para facilitar a busca e pesquisa que focamos. Podemos observar em sites de Wiki e Educacionais. Nos sites Portal do Professor e Aprende Brasil deparamos com esses tipos de textos. Cito esses sites porque são ferramentas tecnológicas que funcionam como mais um recurso pedagógico que podemos utilizar em sala de aula, recurso esse que pode ultrapassar barreira e sairmos daquela aula tradicional.
Maria da Luz Cândida de Souza
Referências:
Salgado, Maria Umbelina Caiafa, Tecnologias da educação: ensinando e aprendendo com as TIC: Minisério da Educação, Brasília, 2008
Wikepédia.com.br